quinta-feira, 8 de julho de 2010

a flor colorida...


Eu nasci foi pra bater perna
No ar
E ir além do mar
Pra amar
E amar...
E transbordar...
Desaguar até onde
O pé dissesse pra
Parar.
Eu nasci não foi à toa não,
É pra viver sim!
É pra achar tudo bonito
Depois tudo feio
E querer
E sentir...
É pra viver sim!
Pra montanhar...
Depois ladeirar...
Descendo
Rompendo
Saindo tonta do navio...
Eu nasci
Pra descortinar
O ouvido
Pra levantar os cílios
E amar
E amar
E amar
Até o amor
Secar.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

este tempo


Trabalho, solidão, economia
Energia
Não dá dinheiro pra comprar o pão.
A luta é engolida dia a dia
Não há poesia
Vida perdida
Caminho sem ilusão.
E ao sair pra rua ferida
Violência contida
Inocente perde a razão.
E assim sigo em minha melodia
Tristeza vazia
Mundo sem coração.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Feminicidio


natureza
Qdo estaremos realmente livres?Apenas adquirimos o poder q o masculino pode suportar... O maldito Poder econômico!Qdo nós, enquanto mulheres, deixaremos esta cruz chamada útero que este sistema mecânico de acúmulos nos sujeitou?se faz necessário lembrar cada momento da mulher na história, se faz necessário lembrar que o mundo não está preparado para receber mulheres, negros, índios, gays,lésbicas e "deficientes"... Não abriram para a natureza apenas para a Economia! Enquanto isto...se faz necessário q eu enquanto mulher, me afirmo como tal e feminista mostre esta tatuagem nas costas, para lembrar que é assim q me sinto, dentro dos padrões que move a mulher a se pensar evoluída, sujeita a somente aos valores masculinos.
Saúde, amor e anarkia!Natureza e resistência Viva!


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

sol-tus.


Os corpos esquentam
E esvaziam
Qdo não se esquentam por vezes esvaziam
E há muito pede um aquecimento
Tudo em complemento
Como o nascer do sol.
Os corpos têm o prazer do espaço nu
Um vago olhar no vasto tu
Vão e vêem veementes acoplados ao sul
De quem tem só, um bocado de só e um bocado de cru...
Circulam feições, gestos, flores, cheiros...
Sabores.
Circulam vapores
Almejam éteres
Escutam vazios, suspendem-se, ferem-se...
Felizes, sombrios...
Vivos, enterram-se.
No importante calor q cala mente e flama
No travesso não pensar em nada ou plenamente se exclama.
Num atordoado espelho q esgana
Vem um corpo que aspira e que entre forças sugere a cama.
Enfim, carregam-se os pontos em arte fátua
Em surpresos modos entregam-se em tábuas
Somos universos esquizos e sem nada
Movimentando um corpo violento em sentimento ou sossegado ao gosto de tapas.
Bartira anauá.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


Ah como me olham
Os olhos que não brotam
de mim um sentimento
pq se fazer sentir
já que tremo toda
só no ato de engolir...
e dizer que o poeta premedita
mas eu permaneço atenta
ao momento que pesa em mim.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Escola livre - Cobé diacuí

Cobé Diacuí
Como se vive a flor do campo? Como se vive a flor no espaço urbano? piatã, itacira, iaciara,inaie cendi, butúie,juína, bartira anauá... é...é preciso ser forte, pedra cortante, espelho de lua, gavião solitário luminoso, flecha bororo, rio de gavião flor da árvore e árvore de flor...é preciso muito ódio e muito amor...é preciso ações, ações desinteressadas, auto-conhecimento, revolta, peso, leveza... lutar é viver, só negar...é sobreviver!

"A revolução vai de ser para sere de coração paracoraçãoe o q sinto ao olhar para as estrelasé quesomos filhos da vidaa morte é pequena...só o silêncio é vergonha"
(Sacco e Vanzetti
)